
Como fazer a contabilidade de recebíveis via cartão em 2026
- Contsimples Contabilidade
- 27 de out.
- 6 min de leitura
Quando abri minha pequena empresa, a questão dos recebíveis via cartão sempre pareceu um bicho de sete cabeças. Eram dados de vendas, taxas das maquininhas, impostos e aquela sensação de que, em algum momento, eu estava deixando dinheiro na mesa por não entender todo o processo. Nos meus anos de experiência acompanhando pequenos negócios, percebi que não estou sozinho. Em 2026, o cenário mudou bastante, mas a atenção ao detalhamento dos lançamentos segue imprescindível. Vou explicar aqui o que aprendi sobre como contabilizar os recebíveis de cartão e quais caminhos existem para ter clareza financeira.
O que mudou até 2026?
Se tem uma coisa que aprendi acompanhando todas as novidades é que a contabilidade é um organismo vivo, que muda junto com a tecnologia e as regulamentações. O Banco Central ajustou recentemente as regras sobre registro de recebíveis. Isso aumentou ainda mais a transparência nos processos e permitiu que nós, pequenas empresas e MEIs, conseguíssemos negociar e controlar nossos créditos com mais segurança.
Segundo as resoluções mais recentes, agora as adquirentes, aquelas empresas das maquininhas, têm que oferecer canais para consulta de recebíveis, contratos de negociação e todo histórico das vendas. Para quem acompanha de perto, essas melhorias já vinham sendo discutidas desde 2023, mas, em 2026, essas novas regras já estão totalmente incorporadas ao nosso dia a dia.
Hoje a sua agenda de recebíveis é quase tão acessível quanto o saldo da sua conta corrente.
Como funciona o registro dos recebíveis
Antes, tudo parecia meio confuso. As vendas no crédito ou débito precisavam ser acompanhadas “na unha”. Agora, com o registro obrigatório dos recebíveis, cada venda fica registrada em uma entidade credenciada, e isso não é opcional.
Esse registro tem dois efeitos que percebo no dia a dia:
Facilita a antecipação: posso consultar os valores futuros e negociar com bancos ou fintechs, usando os recebíveis como garantia.
Dá mais autonomia: fico menos dependente da própria operadora da maquininha para pegar crédito ou antecipar recebíveis.
Em casos de contestação, consigo respostas rápidas, já que há prazo de até três dias úteis para retorno das adquirentes em qualquer disputa ou inconsistência.
O passo a passo da contabilidade dos recebíveis de cartão em 2026
No meu cotidiano, costumo seguir um método quase automático para garantir que tudo fique organizado e pronto para a fiscalização. Vou compartilhar cada etapa, porque sei como pode parecer complicado à primeira vista.
Faça o controle das vendas realizadas: Começo sempre pelas vendas brutas: capturo o relatório da maquininha, detalhando o valor total de cada venda realizada em crédito e em débito.
Lance as taxas e descontos: Toda venda sofre desconto das taxas de administração das adquirentes e possíveis antecipações. Registro as taxas separadamente e nunca no mesmo campo dos recebíveis.
Separe o valor líquido a receber: Aqui entra a beleza do registro atual: já consigo saber exatamente em que data e valor cada recebível vai cair (ou deveria cair) na conta.
Registre antecipações ou cessões de crédito: Se decido antecipar algum valor, preciso registrar a operação como recebimento antecipado, abater esses valores dos lançamentos futuros e lançar as taxas específicas dessa antecipação.
Receba e reconcilie: No dia do crédito na conta bancária, faço a conciliação com o valor previsto. Se houver diferenças, investigo na hora. Ajustes rápidos evitam dores de cabeça lá na frente.
Comunique seu contador: Eu uso uma plataforma digital, como a da Contsimples, para centralizar relatórios e acessar tudo com facilidade. Dessa forma, meu contador tem acesso à mesma informação que eu.
Não existe mais espaço para controles improvisados em planilhas soltas ou anotações em papel. Quem já precisou responder uma fiscalização sabe como isso faz diferença.
Impacto tributário e obrigações
Um erro comum que sempre vejo pequenos lojistas cometerem é misturar o valor das vendas e o valor líquido recebido. Os impostos são calculados sobre o valor bruto das vendas com cartão, não sobre o que cai na conta!
Isso é especialmente sensível se você é MEI ou optante do Simples Nacional. Recomendo sempre conversar sobre detalhes tributários com quem entende, há vários conteúdos sobre impostos no e-commerce que podem ajudar até quem já está acostumado.
Sei por experiência que falhar nessa distinção pode gerar inconsistências nos relatórios e até multas. Todas as taxas de cartão são consideradas despesas operacionais, não abatimentos tributários. O ideal é quebrar esse controle em três pontos:
Valor da venda bruta: base de cálculo para tributos;
Taxas descontadas: classificar como despesa financeira;
Valor líquido recebido: origem do recurso para conciliação bancária.
Ferramentas digitais e conciliação automatizada
Admito que, particularmente, sempre achei a conciliação bancária uma das etapas mais chatas. Desde que migrei para uma contabilidade digital, tudo ficou mais prático. Usar um sistema onde posso importar relatórios, conferir datas e anexar documentos aos lançamentos mudou meu relacionamento com as finanças.
Hoje em dia, a automatização poupa tempo, reduz erros e permite visualização em tempo real. Plataformas como a da Contsimples centralizam documentos, notas fiscais e extratos. E eu não fico mais preso à espera de respostas da adquirente, já que o sistema acompanha entrada e saída dos recebíveis, atualização de taxas e antecipações, além de manter tudo pronto para a receita ou para a tomada de crédito.
Se você ainda não conhece bem como funciona, vale ver o conteúdo sobre como funciona a contabilidade online, porque isso vai mudar sua visão sobre rotina financeira.
Sinais de alerta e dicas práticas
Existem alguns cuidados que sempre deixo anotados, até para não escorregar nos mesmos erros de antigamente:
Evite misturar vendas de cartões diferentes no mesmo lançamento;
Faça uma rotina semanal de conferência dos créditos bancários;
Se houver antecipação, sempre anote o valor original e o antecipado, com as taxas destacadas;
Guarde os comprovantes digitais, mesmo que a operadora apague do portal;
Tenha sempre atualizado o cadastro do responsável pela conta nas adquirentes;
Consulte periodicamente conteúdos sobre emissão de nota fiscal para vendas online;
Se possível, utilize ferramentas alinhadas com seu contador, o pessoal da Contsimples, por exemplo, faz essa ponte entre o sistema e o suporte humano quando surge qualquer dúvida.
Tenho visto muitos negócios melhorarem o controle financeiro com plataformas online. Aliás, há um guia excelente no blog sobre contabilidade online que vira e mexe eu recomendo.
Controle é liberdade. Rotina financeira clara evita perdas silenciosas.
Conclusão
Eu descobri, na prática, que controlar recebíveis de cartão em 2026 é mais acessível e transparente do que há alguns anos. Com ferramentas digitais e acompanhamento profissional, você nunca mais vai se perder em lançamentos, taxas ou antecipações não rastreadas. Recomendo fortemente conhecer a Contsimples para integrar tudo em um só lugar. Quer uma rotina sem dor de cabeça e com mais clareza sobre o fluxo de caixa? Deixe a burocracia no passado e aproveite para conhecer nossos serviços, seu negócio vai agradecer!
Perguntas frequentes sobre recebíveis via cartão
O que são recebíveis via cartão?
Recebíveis via cartão são valores que a empresa tem a receber das vendas realizadas no crédito ou débito, processadas por operadoras e que serão pagos ao lojista em datas futuras, conforme o prazo acordado.
Como contabilizar recebíveis de cartão?
O processo começa registrando as vendas brutas, descontando as taxas de administração e todando as informações de antecipações, para depois lançar a entrada do valor líquido na conciliação bancária. Eu sempre confiro se tudo está no relatório da adquirente e se está de acordo com as normas recentes do Banco Central.
Quais impostos incidem sobre recebíveis?
Os tributos são calculados sobre o valor bruto das vendas, e não sobre o valor líquido recebido após descontos. Para MEIs e optantes do Simples Nacional, isso faz diferença principalmente no cálculo mensal das obrigações, como ISS, ICMS ou outros impostos do regime de tributação adotado.
Vale a pena antecipar recebíveis?
Depende da necessidade de caixa. Antecipar significa receber antes, mas pagar taxas adicionais. Quando precisei adiantar, analisei se o custo valia o benefício naquele momento. É preciso avaliar as condições e só antecipar quando o fluxo de caixa realmente pedir.
Onde encontrar ferramentas para controle?
Hoje existem plataformas digitais específicas – eu uso a Contsimples – que unem relatórios, conciliação, emissão de nota fiscal e suporte contábil. Assim, consigo monitorar todos os lançamentos e manter uma rotina segura. O blog da Contsimples traz vários conteúdos guiando sobre as melhores práticas e ferramentas para cada etapa.













Comentários