Garantias bancárias: para que servem nas pequenas empresas?
- Contsimples Contabilidade
- há 1 dia
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Ao longo da minha experiência com pequenos negócios, percebo que um dos principais desafios é conseguir crédito para crescer, investir e se proteger de imprevistos. E aí entram as garantias bancárias, termo que pode assustar quem está começando, mas que faz parte do dia a dia de muitos micro e pequenos empresários. Afinal, para que servem essas famosas garantias? Vou explicar de forma clara e prática, sem enrolação.
O que são garantias bancárias?
Garantias bancárias são compromissos formais que um banco ou instituição financeira assume, garantindo que determinada obrigação financeira será paga caso o contratante não cumpra com o acordado. Elas podem aparecer em várias situações: na hora de financiar máquinas, alugar um espaço comercial ou até participar de licitações. Em resumo, funcionam como uma espécie de “aval” que dá mais segurança a quem está do outro lado negociando com sua empresa.
Segundo dados da Agência Brasileira de Fundos Garantidores e Garantias, o universo de micro e pequenas empresas no Brasil é gigantesco: cerca de 13,9 milhões de MEIs e 5,5 milhões de micro e pequenas empresas, respondendo por 93,4% das empresas formais, aproximadamente 30% do PIB e 55% dos empregos formais. Ou seja, não é difícil imaginar o impacto que a oferta de crédito com garantia pode gerar nesse cenário.
Como funcionam as garantias bancárias na prática?
Na rotina das empresas que acompanho, as garantias costumam aparecer em situações como:
Empréstimos bancários para capital de giro ou investimento
Antecipação de recebíveis
Participação em licitações públicas
Contratos de aluguel de imóveis
Parcerias com fornecedores estratégicos
Para cada uma dessas situações, o banco pode exigir garantias diferentes. É comum ver fiança bancária, penhor, alienação fiduciária ou uso de fundos garantidores públicos, como o Fundo Garantidor para Investimentos (FGI) do BNDES.
Estar preparado para oferecer garantias pode ser o diferencial entre conquistar e perder uma boa oportunidade.
Se você é MEI ou microempresa, provavelmente enfrentou alguma dificuldade em oferecer um imóvel ou veículo como garantia. E foi para diminuir essas barreiras que surgiram iniciativas como o fundo garantidor criado pelo BNDES e Sebrae, que promete facilitar o acesso ao crédito para pequenos negócios, com potencial de alavancar bilhões em financiamentos.
Por que as garantias são tão presentes na vida das pequenas empresas?
Na minha observação, a resposta está no risco. O banco ou o credor não conhece em detalhes o histórico da sua empresa, ainda que ela seja organizada e tenha uma contabilidade confiável, como a que a Contsimples oferece. Assim, ele busca mecanismos que ofereçam segurança.
O banco quer evitar inadimplência.
O locador de imóvel comercial precisa garantir o recebimento do aluguel.
O cliente de uma licitação exige provas de que aqueles compromissos serão cumpridos.
O fornecedor quer sentir mais segurança ao enviar produtos de alto valor.
E para o pequeno empresário, oferecer garantias pode abrir portas. Em muitas situações que acompanhei, a presença da garantia foi o que permitiu aprovar um financiamento ou fechar um contrato estratégico.
Principais tipos de garantias bancárias
Conhecer as alternativas pode ajudar na tomada de decisão. Os tipos mais comuns incluem:
Fiança bancária: o banco assume o papel de fiador e paga a dívida se o cliente não cumprir.
Seguro garantia: uma seguradora cobre os riscos e paga se o contrato não for honrado.
Penhor e alienação fiduciária: bens como máquinas, veículos ou estoques ficam como garantia de pagamento.
Fundos garantidores públicos: fundos como o FGI do BNDES oferecem respaldo, principalmente para quem não tem bens para dar em garantia.
O acesso a fundos como o FGI ganhou destaque nos últimos anos. Entre janeiro e maio de 2023, as garantias desse fundo possibilitaram mais de 1.500 financiamentos para micro, pequenas e médias empresas, totalizando R$ 382 milhões em operações, segundo informações do BNDES.
O papel das garantias no acesso ao crédito
Nos bastidores, existe uma verdade simples: sem garantia, o risco é maior e as taxas de juros podem ser proibitivas para pequenos negócios. Programas como o PEAC, do BNDES, ilustram bem esse cenário. No auge da crise, mais de 12 mil pequenas empresas conseguiram captar recursos graças à cobertura de garantias.
Já em 2022, a reabertura desse tipo de linha ampliou as perspectivas, com previsão de garantir cerca de R$ 21 bilhões em novos empréstimos para pequenas empresas.
Quando existe uma garantia ativa, a negociação com o banco é sempre mais flexível.
Quando vale a pena buscar uma garantia bancária?
Essa pergunta aparece muito quando consulto empreendedores no início de suas jornadas ou aqueles que buscam expandir. Selecionei os principais cenários em que, no meu ponto de vista, buscar uma garantia bancária pode ser indicado:
A sua empresa precisa de capital de giro e possui pouco histórico bancário
O contrato que está prestes a fechar exige garantias contratuais
O aluguel de um novo ponto comercial só será aprovado se houver uma garantia
O plano de crescimento pede investimento em máquinas ou tecnologia
Eu sempre aconselho analisar as condições de cada modalidade, as taxas envolvidas e o impacto no fluxo de caixa. Negocie, leia cada cláusula e busque orientação contábil especializada. Inclusive, já escrevi sobre a importância da contabilidade para as empresas e posso reforçar: a tomada de decisão é sempre mais segura com apoio desse profissional.
Os fundos garantidores e a democratização do crédito
Uma notícia positiva que acompanhei de perto nos últimos anos foi o fortalecimento dos fundos garantidores públicos. Eles democratizaram o acesso ao crédito, especialmente para quem não possui bens ou histórico bancário consistente.
Esses fundos funcionam como garantidores de parte do valor emprestado. A instituição financeira sente-se mais confortável para emprestar e, em geral, pratica juros mais acessíveis. Isso foi decisivo para muitos negócios superarem momentos críticos durante recentes crises econômicas.
Para saber mais sobre temas de empreendedorismo e o universo das micro e pequenas empresas, sugiro conhecer a categoria de microempresa em nosso blog. Enriquece bastante essa jornada de aprendizado.
Relacionando garantias bancárias com o crescimento sustentável
Garantia bancária não é só burocracia, é ferramenta para crescer e realizar sonhos.
Já vi negócios darem um salto de qualidade com uma linha de crédito bem estruturada. O ponto é: use a garantia de modo consciente, evitando comprometer demais o caixa. Busque sempre alinhar investimentos ao seu planejamento estratégico e, claro, mantenha uma boa organização financeira. A plataforma da Contsimples nasceu exatamente para isso, para ajudar micro e pequenas empresas a cuidarem da sua contabilidade e informações em tempo real, reduzindo riscos e aprimorando a relação com bancos.
Para quem pensa em abrir empresa ou já atua nesse universo, informo que temos artigos especiais como vantagens para PME e dicas sobre enquadramento tributário. O acesso ao crédito com garantias pode ser o próximo passo para solidificar seu negócio.
Conclusão
Garantias bancárias, longe de serem um obstáculo, podem ser uma porta de entrada para o crescimento das pequenas empresas no Brasil. O segredo é usá-las de forma estratégica, bem planejada e com suporte de uma contabilidade confiável, como a que oferecemos na Contsimples. Não tenha receio de buscar conhecimento e de conversar com especialistas. Uma boa decisão hoje pode garantir anos de sucesso para seu negócio. E, se deseja organizar sua vida financeira, emitir notas fiscais, cuidar da contabilidade e crescer sem burocracia, conheça as soluções da Contsimples para transformar sua pequena empresa.
Perguntas frequentes sobre garantias bancárias
O que é garantia bancária?
Garantia bancária é um compromisso formal em que uma instituição financeira assegura o cumprimento de obrigações financeiras ou contratuais de uma empresa diante de terceiros. Caso a empresa não pague ou não cumpra determinado acordo, o banco realiza o pagamento ao credor, protegendo quem negociou com a empresa.
Para que serve a garantia bancária?
A garantia bancária serve para dar mais segurança ao credor ou contratante, mostrando que existe respaldo financeiro caso a empresa não cumpra o que foi prometido. Ela permite negociar empréstimos, participar de licitações, alugar imóveis e conquistar contratos que exigem mais confiança mútua.
Como conseguir uma garantia bancária?
O processo começa com análise do banco sobre o pedido e a situação financeira da sua empresa. É necessário apresentar documentos e, em alguns casos, pagar taxas. Bancos, seguradoras ou fundos públicos, como o FGI, podem emitir a garantia, sempre após avaliação de risco. Ter uma contabilidade organizada, como a da Contsimples, facilita muito a aprovação.
Quanto custa uma garantia bancária?
Os custos variam conforme o tipo de garantia, a instituição que concede, o valor garantido e o prazo de vigência. Normalmente, cobra-se uma tarifa ou comissão anual, entre 1% e 5% do valor garantido, além de taxas administrativas. É fundamental comparar opções e ler o contrato antes de assinar.
Vale a pena para pequenas empresas?
Em muitos casos, a garantia bancária é a ponte que permite a pequena empresa acessar crédito, expandir operações ou fechar contratos maiores. Porém, deve ser avaliada com cautela, levando em conta o impacto dos custos no orçamento. Quando usada com planejamento, contribui para a sustentabilidade e o crescimento saudável do pequeno negócio.









