O que o MEI precisa saber sobre cobrança por cartão de crédito

Cobrar por cartão de crédito. Eu já vi esse assunto tirar o sono de muito microempreendedor individual que conheço. No começo, também tive dúvidas e inseguranças, principalmente sobre taxas, prazos de recebimento e o impacto direto no fluxo de caixa. Afinal, aceitar cartão virou quase uma exigência de mercado, já que boa parte dos clientes, atualmente, prefere pagar sem dinheiro ou boleto na mão. Não é só uma tendência: o número de pessoas usando cartão disparou. Segundo reportagem da CNN Brasil, com base em dados do Banco Central, o Brasil viu mais de 84 milhões de usuários com saldo devedor em cartão até 2022, um salto de quase 31% em três anos.

Aceitar cartão de crédito é abrir portas para mais clientes.

Hoje eu explico o que você, MEI, precisa saber para não ter dor de cabeça na hora de cobrar pelo cartão, trazendo dicas práticas e aquilo que aprendi trocando ideia com outros empreendedores e especialistas. E, claro, sempre que possível, conto com a experiência do time da Contsimples para responder dúvidas e organizar tudo de forma online e transparente.

Por que o MEI deve considerar aceitar cartão?

Em minhas conversas com outros pequenos empresários, ouvir que “perdi uma venda porque não aceitava cartão” é comum. O cartão de crédito ganhou força não só nas grandes cidades, mas por todo o Brasil.

• Facilidade de pagamento para o cliente

• Aumento do ticket médio (clientes tendem a gastar mais no cartão)

• Praticidade, segurança e redução do risco de inadimplência

Sem aceitar cartão, muitos MEIs acabam ficando para trás, perdendo vendas que poderiam impulsionar seu crescimento. Em um mundo cada vez mais digital, estar preparado faz a diferença.

Como funciona a cobrança por cartão para o MEI?

Na prática, o MEI pode receber por cartão de crédito ou débito de forma direta. Para isso, basta habilitar uma maquininha (POS), link de pagamento ou ter conta digital que ofereça tal função. Tudo é registrado e, ao emitir nota fiscal, o processo fica correto e prático.

Ao passar o valor na maquininha, parte dele (já descontada a taxa) cai em sua conta, geralmente dentro de 1 a 30 dias. É possível vender parcelado, mas o valor integral pode demorar mais a cair ou render taxas extras (tanto na antecipação quanto nas parcelas).

O cadastro é simples e exige basicamente: CNPJ MEI, documento pessoal e conta bancária. Algumas soluções aceitam contato direto pelo aplicativo ou site, facilitando a integração. Na Contsimples, sempre sugiro centralizar essas informações em um sistema de gestão financeiro, garantindo o controle fiscal e evitando erros comuns em datas de recebimento.

Taxas cobradas ao MEI na venda por cartão

Eu sempre dizia: “Taxa come lucro, mas sem cartão vende-se menos”. A maioria das maquininhas cobra taxa sobre cada venda realizada, variando conforme o tipo de operação:

• Débito: normalmente de 1,3% a 2% por transação

• Crédito à vista: em média entre 2,5% a 4%

• Crédito parcelado: pode chegar a 5% ou mais, dependendo da quantidade de parcelas e do valor antecipado

Essas taxas são descontadas automaticamente no momento da venda, diminuindo o valor líquido que entra no caixa do MEI. Algumas opções ainda oferecem antecipação do valor das vendas, com custos extras que precisam ser calculados.

Vale lembrar que, para o MEI, cada centavo importa. Então, é fundamental comparar opções, entender como funciona antecipação, prazo de recebimento e todas as taxas. Uma dica extra: sempre confira se o plano escolhido está de acordo com o volume de vendas e se a solução traz facilidade na integração com sua rotina ou sistemas, como a plataforma digital da Contsimples.

Cuidados fiscais e contábeis ao cobrar por cartão

Se tem um ponto que vejo gerar dúvida é a parte fiscal. Toda vez que o MEI recebe por cartão, esse valor precisa ser registrado como faturamento. Só assim evita problemas no Imposto de Renda, no DAS e ao comprovar renda.

• Tenha controle dos valores recebidos, separado dos antecipados ou taxas descontadas

• Emita nota fiscal, especialmente ao vender para empresas

• Registre movimentação no sistema financeiro, conciliando extrato bancário e relatórios da maquininha

O valor a considerar para fins fiscais é o bruto faturado, antes das taxas descontadas.

No site da Contsimples, oriento sempre o empreendedor a fazer a conciliação entre o que está na conta, na maquininha, nas notas fiscais e no registro mensal. Isso reduz o risco de cair na malha fina da Receita Federal, além de ajudar a entender melhor o próprio negócio. Para MEIs que querem crescer, migrarem para ME, tem um conteúdo completo sobre a migração. E para quem já ultrapassou limites, é fundamental saber o que acontece ao estourar o limite de faturamento.

Dicas práticas para organizar a rotina de venda por cartão

Com base na minha rotina, listo algumas dicas que me pouparam tempo e evitaram dores de cabeça:

• Registre todos os comprovantes de venda e relatório da maquininha

• Contabilize os valores brutos além dos líquidos

• Verifique na conciliação bancária se as datas e valores estão corretos

• Use sistemas digitais ou planilhas para centralizar a visão financeira

• Converse com o suporte de sua contabilidade para não deixar dúvidas fiscais para trás

Na Contsimples, recomendo aproveitar a plataforma para cadastrar despesas, lançar notas fiscais e acessar todos os documentos que o Fisco pode pedir. Assim, sobra mais tempo para o negócio e menos preocupação com burocracia.

Mais informações e conteúdos recomendados

Se resta alguma dúvida sobre o universo MEI, recomendo acessar o blog da Contsimples. Há também um guia completo sobre MEIs e conteúdos que ajudam a controlar débitos e saber como funciona o parcelamento de dívidas.

Conclusão

Cobrar por cartão de crédito, para mim, foi transformador. Abriu espaço para novas vendas, trouxe segurança e modernidade. Com o controle correto, uma contabilidade digital como a Contsimples e atenção às taxas, o MEI pode crescer sem sustos e com tudo em dia. Se precisar de mais orientações, é só conhecer os planos e tirar dúvidas no site. Organize sua rotina, comece a aceitar cartão e foque no que realmente importa: expandir seu negócio!

Perguntas frequentes sobre cobrança por cartão de crédito para MEI

O que é cobrança por cartão de crédito?

Cobrança por cartão de crédito é o ato de receber pagamentos dos clientes utilizando uma maquininha, link de pagamento ou solução digital. O valor da venda é enviado para sua conta após o desconto da taxa da operadora e, dependendo da forma de venda (à vista ou parcelado), pode ser recebido em prazos diferentes.

Como o MEI pode aceitar cartão?

O MEI pode aceitar cartão adquirindo uma maquininha, utilizando soluções de pagamento digital ou aplicativo de banco que permita vendas por crédito ou débito. Basta ter um CNPJ ativo, documento pessoal e uma conta bancária para cadastrar e começar a receber suas vendas dessa forma.

Quais as taxas para MEI no cartão?

As taxas para o MEI variam conforme o tipo de venda e máquina escolhida. No débito, costumam ficar entre 1,3% a 2%; no crédito à vista, entre 2,5% a 4%; e no crédito parcelado, podem passar de 5%, dependendo do prazo e da antecipação. Essas taxas são descontadas diretamente do valor recebido.

Vale a pena para o MEI usar cartão?

Na maioria dos casos, sim. Aceitar cartão aumenta as chances de vender mais, facilita o pagamento para o cliente e ajuda a evitar inadimplência. Mesmo pagando taxas, o ganho de mercado e a praticidade compensam para a maioria dos MEIs.

Quais as melhores maquininhas para MEI?

Existem diversas opções no mercado que atendem bem ao MEI, variando por custo, taxa e facilidade de uso. A escolha deve considerar volume de vendas, estrutura de atendimento e integração com plataformas digitais, como a da Contsimples, para facilitar a gestão financeira e fiscal.